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| Foto: Rodrigo Baleia / Divulgação / CP |
A Praia da Guarita, em Torres, recebeu a 17ª edição realizada no Rio Grande do Sul do “Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias” na manhã deste domingo. No trecho de 200 metros da faixa litorânea, os voluntários recolheram e classificaram 3,9 mil itens, totalizando 45,2 quilos de lixo. Os cinco itens mais encontrados foram pontas de cigarro; pedaços de plástico; embalagens de alimento; pedaços de vidro e canudos de refrigerante. Os dados coletados na costa gaúcha serão incorporados às estatísticas da Organização Não Governamental (Ong) Ocean Conservancy que visam retratar a poluição dos oceanos em todas as regiões do mundo. A novidade desta edição foi a participação do pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e coordenador nacional do evento entre 1995 e 2003, Salvatore Siciliano. Para ele, a ação realizada no litoral do RS destacou-se pelo entusiasmo de todos os voluntários, que transformaram a dramática questão do lixo nas praias em uma ação positiva por um ambiente mais saudável. “A ação pretende demonstrar a gravidade do problema da poluição dos oceanos e a necessidade imediata de encontrarmos alternativas para reverter o quadro existente”, afirma o professor do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) no Litoral Norte, Paulo Ott. De acordo com estudos recentes, estima-se que se nada for feito, em 2050, a quantidade de plásticos no mar irá ultrapassar a de peixes existentes. A iniciativa internacional é realizada simultaneamente em mais de 100 países. Na praia gaúcha, o evento foi organizado em conjunto pelo Projeto Praia Limpa Torres (Associação dos Surfistas de Torres) e o Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (Gemars), em parceria com a Prefeitura de Torres, e contou com a participação de cerca de 300 pessoas. Conforme o coordenador do Projeto Praia Limpa Torres, Alexis Sanson, as ações de limpeza da praia em Torres têm uma participação crescente de voluntários a cada ano e já se tornou uma marca do município.
FONTE: CORREIO DO POVO
