A bacharel em direito Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 38 anos, presa
temporariamente desde segunda-feira por suspeita de matar e esquartejar o
marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, confessou
nesta quarta-feira ter participado do crime. Ela prestou depoimento no
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo.
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, ela admitiu ter
atirado no empresário e esquartejado o corpo. A vítima era diretor
executivo da Yoki. O assassinato teria ocorrido no último dia 19 de
maio. Matsunaga morreu com um tiro à queima-roupa no lado esquerdo da
cabeça. O corpo dele foi enterrado na terça-feira no Cemitério São
Paulo, na zona oeste da capital paulista.
Crime teria ocorrido no apartamento do casal. A polícia informou que
imagens das câmeras do edifício onde o casal morava em São Paulo mostram
Matsunaga entrando no prédio por volta das 18h30 do dia 19 de maio com a
mulher, a babá e a filha, de um ano, vindos do aeroporto. Ele desceu
uma hora depois para buscar uma pizza e voltou ao apartamento. Depois
disso, não houve mais registros da imagem da vítima. No dia seguinte, depois de dar folga à baba no período noturno, Elize
deixou o prédio pelo elevador de serviço, às 11h30, carregando três
malas. Retornou no mesmo dia às 23h50, sem as malas. À polícia, ela
disse informalmente que pretendia viajar para o Paraná, onde nasceu, mas
desistiu no meio do caminho. A polícia acredita em crime passional, motivado por ciúmes. Após o
homicídio, Elize doou à Guarda Civil Metropolitana uma pistola 765, de
mesmo calibre da que foi usada para matar o empresário. Conforme a
polícia, ela era exímia atiradora, assim como o marido, que era
colecionador de armas. Exames de balística vão determinar se o projétil
encontrado no crânio da vítima foi disparado pela mesma arma.