Um tribunal do norte da França condenou nesta sexta-feira, 1° de abril, um casal de vegetarianos a cinco anos de prisão, sendo 30 meses em regime fechado, pela morte em 2008 de sua filha de 11 meses, devido à falta de cuidados médicos e a uma alimentação inapropriada.
A representante da Procuradoria havia solicitado 10 anos de prisão em regime fechado.
"Não estamos aqui para fazer um julgamento sobre um modo de vida diferente, mas para decidir se este homem e esta mulher cometeram uma falha nos cuidados que causaram a morte de sua filha", declarou a representante Anne-Laure Sandretto.
"Estamos aqui para dizer que no século XXI, uma criança não pode morrer de fome sem que seus pais reajam em momento algum", acrescentou.
O casal, que compareceu em liberdade ao tribunal de Amiens, depois de ter passado quatro meses em prisão preventiva, pode não ter que voltar à prisão, devido à regressão da pena, segundo advogados ao final da audiência.
A menina, Louise, morreu no dia 25 de março de 2008 na casa dos pais, Joël e Sergine Le Moaligou, que hoje têm 45 e 40 anos, respectivamente.
Preocupados com o enfraquecimento da criança, os pais, cuja dieta vegetariana impede o consumo de qualquer alimento de origem animal, tinham chamado os bombeiros, que apenas constataram a morte da criança em sua casa de Saint-Maulvis (norte).
Quando os pais se deram conta da palidez e da magreza do bebê, chamaram os serviços de emergência. A vítima, que era alimentada por sua mãe exclusivamente com leite materno, pesava apenas 5,7 quilos contra uma média de 8 quilos nesta idade.
A necrópsia revelou uma carência de vitaminas A e B12 que, segundo especialistas, aumenta a vulnerabilidade a infecções e teria sido registrada "devido a um desequilíbrio alimentar".
A representante da Procuradoria ressaltou "a cegueira, a certeza de estar com a verdade" do casal, não colocando em questão o amor que sentiam por Louise, mas lamentou que "apenas uma coisa tenha prevalecido nesse amor: suas convicções".
Muito desconfiados em relação à medicina convencional, os pais preferiam cuidar de seus filhos por seus próprios meios, com a ajuda de conselhos obtidos em livros.
Sergine e Joël Le Moaligou poderiam incorrer, na teoria, a 30 anos de reclusão por "privação de cuidados ou de alimentos seguido de morte".
A representante da Procuradoria havia solicitado 10 anos de prisão em regime fechado.
"Não estamos aqui para fazer um julgamento sobre um modo de vida diferente, mas para decidir se este homem e esta mulher cometeram uma falha nos cuidados que causaram a morte de sua filha", declarou a representante Anne-Laure Sandretto.
"Estamos aqui para dizer que no século XXI, uma criança não pode morrer de fome sem que seus pais reajam em momento algum", acrescentou.
O casal, que compareceu em liberdade ao tribunal de Amiens, depois de ter passado quatro meses em prisão preventiva, pode não ter que voltar à prisão, devido à regressão da pena, segundo advogados ao final da audiência.
A menina, Louise, morreu no dia 25 de março de 2008 na casa dos pais, Joël e Sergine Le Moaligou, que hoje têm 45 e 40 anos, respectivamente.
Preocupados com o enfraquecimento da criança, os pais, cuja dieta vegetariana impede o consumo de qualquer alimento de origem animal, tinham chamado os bombeiros, que apenas constataram a morte da criança em sua casa de Saint-Maulvis (norte).
Quando os pais se deram conta da palidez e da magreza do bebê, chamaram os serviços de emergência. A vítima, que era alimentada por sua mãe exclusivamente com leite materno, pesava apenas 5,7 quilos contra uma média de 8 quilos nesta idade.
A necrópsia revelou uma carência de vitaminas A e B12 que, segundo especialistas, aumenta a vulnerabilidade a infecções e teria sido registrada "devido a um desequilíbrio alimentar".
A representante da Procuradoria ressaltou "a cegueira, a certeza de estar com a verdade" do casal, não colocando em questão o amor que sentiam por Louise, mas lamentou que "apenas uma coisa tenha prevalecido nesse amor: suas convicções".
Muito desconfiados em relação à medicina convencional, os pais preferiam cuidar de seus filhos por seus próprios meios, com a ajuda de conselhos obtidos em livros.
Sergine e Joël Le Moaligou poderiam incorrer, na teoria, a 30 anos de reclusão por "privação de cuidados ou de alimentos seguido de morte".