A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que administra a usina nuclear de Fukushima, afirmou nesta segunda-feira, 4 de abril, que vai despejar no Oceano Pacífico cerca de 11,5 mil toneladas de água radioativa acumuladas nas instalações da central.
De acordo com a empresa, os índices de radiação na água que será jogada ao mar são aproximadamente 100 vezes acima do normal. A Tepco afirma que o nível de radiação é considerado 'relativamente baixo'.
Um funcionário do governo japonês disse que não há alternativa. "Não temos opção senão despejar essa água contaminada ao mar como medida de segurança", disse o porta-voz do governo, Yukio Edano.
Também nesta segunda-feira, a Tepco informou que usou líquido com corante em um túnel próximo ao reator 2 da central para tentar determinar a rota pela qual a água radioativa vaza para o mar.
Segundo informações da televisão "NHK", os funcionários verteram o líquido de cor branca em um túnel que conduz à fossa onde no sábado, 2 de abril, foi detectada uma rachadura de cerca de 20 centímetros, que permite que água com uma elevada radioatividade vaze para o mar.
A empresa tentou deter o vazamento selando a rachadura com concreto e injetando polímero em pó para absorver a água, mas nenhuma nenhuma dessas duas medidas obteve sucesso. O objetivo do corante é poder seguir a rota exata pela qual a água contaminada chega ao mar.
A Tepco estuda ainda tapar a rachadura com produtos químicos ou instalar uma barreira no litoral para conter a água radioativa. De forma paralela, os técnicos continuam os esforços para drenar a água radioativa que inunda os porões dos prédios de turbinas das unidades 1, 2 e 3, e dificulta seriamente os trabalhos para esfriar os reatores da central de Fukushima.