8 de abril de 2011

10 MIL PROFESSORES PARA DISCUTIR REAJUSTE SALARIAL

A direção do Cpers-Sindicato espera mais de 10 mil professores na assembleia geral que ocorre hoje, no Gigantinho. Alguns ônibus de professores do interior do Estado já chegaram e outros ainda se deslocam para o encontro que irá definir se a categoria aceita ou rejeita a proposta de reajuste salarial do Piratini. Em reunião ontem, a Casa Civil ratificou a oferta de 10,91% de reajuste no salário-base dos professores e estendeu o benefício para os servidores de escola e aposentados por invalidez, que não estavam incluídos no plano de carreira.
Nessa quinta-feira, o governador Tarso Genro comemorou a derrubada da ação de inconstitucionalidade contra o piso nacional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, afirmou que o piso, que é de R$ 1.187,14, será implantado no Rio Grande do Sul de forma escalonada, ao longo do governo. “Diminuímos a diferença do salário-base dos professores gaúchos em 50% em relação ao piso nacional com essa proposta e a implantação total se dará nos próximos anos”, reitera.
Rejane de Oliveira, presidente do Cpers, diz que, mesmo que a categoria aprove o reajuste de 10,91%, a luta pela implantação do piso nacional ainda neste ano deverá continuar. Por melhorias na educação, o sindicato protestou, em julho de 2009, em frente à casa da então governadora Yeda Crusius. Rejane diz que, mesmo que o governo seja de esquerda, posição histórica do Cpers, se for necessário, haverá manifestações em frente à casa de Tarso Genro. “O tom e a forma de manifestação serão definidos pela categoria. Se ela definir dessa forma, faremos dessa forma, sim”, refuta.
Para Rejane, o sindicato mostrou autonomia do governo ao se negar em participar do Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social). Segundo a presidente do Cpers, não existe relação político-partidária, mas de negociação.