27 de janeiro de 2014

1 ANO EM BUSCA DE RESPOSTAS


27 DE JANEIRO DE 2013 - Uma data que será inesquecível para a cidade de Santa Maria-RS, bem como para todos os Gaúchos, e porque não dizer para o Brasil! Era madrugada de domingo quando um dos integrantes da Banda Gurizada Fandangueira, que animava os jovens participantes da festa que ocorria na Boate Kiss, acendeu um fogo pirotécnico para agitar ainda mais o show e de repente o fogo atinge o teto que era feito de espuma mas o que "?ninguém?" sabia, que esta espuma era altamente tóxica. A fumaça começa tomar conta do local. Quando percebeu o que estava ocorrendo, um dos integrantes pega o extintor de incêndio para acabar com o problema. Infelizmente, este falha. A correria começa dentro do Boate. Jovens desesperados tentam sair o mais rápido possível do local. Não bastava o extintor não funcionar, outra barreira é formada. Pela ganância do ser humano, os seguranças da festa acabaram trancando a porta, não deixando os jovens sair sem pagar a comanda no caixa. Após um empurra-empurra, os seguranças tomam conta do que está acontecendo, liberando a portaria. Já era tarde! Jovens, moços e moças que ainda tinham um futuro brilhante pela frente estavam sendo ceifados pela morte, agonizando com a forte fumaça preta que tomava conta. Alguns poucos que foram saindo, querendo ajudar os demais, acabaram voltando... Estava aí o começo de uma tragédia, em uma noite que era para ser apenas mais uma festa entre adolescentes. Sirenes pela cidade, pânico, gritos, desespero, quebraram o silêncio no coração do Rio Grande. Resultado: 242 vidas perdidas por ganância. Dias depois, um dos fatos foi comprovado, a Boate estava com lotação, ultrapassando o número máximo de pessoas permitidas no local. A dor tomou conta dos corações! Lembro-me que naquele domingo, estava participando do II Rodeio Internacional de Lagoa Vermelha-RS. Após noticiado do ocorrido, e que havia perdido uma colega de trabalho, Flávia De Carli (empresa Visão Júnior), tudo acaba ficando sem sentido... Dias depois, para ficar ainda pior, descubro que um grande parceiro, violeiro, Leonardo Lemos, com quem tive a oportunidade de dividir palco também havia partido à querência do além, vítima da tragédia. O que falta? JUSTIÇA! Sim! Pais, mães, famílias, amigos, continuam em busca de resposta! UM ANO DEPOIS, tudo mudou mas a dor, a falta da presença continua massacrando os corações. Mas o que esperar de um país onde futebol é prioridade, ao invés de saúde e educação? (Luiz P. Pizolotto S.) *Fonte de imagens: Facebook.