20 de dezembro de 2013

GAÚCHOS SÃO OS QUE MENOS QUEREM CASAR EM TODO O PAÍS



Dados divulgados nesta sexta-feira, 20 de dezembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a oficialização dos casamentos no Rio Grande do Sul, chamada de taxa de nupcialidade, é de 4,6 para cada mil habitantes com 15 anos de idade ou mais. No Brasil, o índice é de 6,9 e vem crescendo nos últimos anos, mas ainda representa pouco mais da metade do verificado na década de 1970, quando havia 13 casamentos por mil habitantes. As Estatísticas do Registro Civil trazem um panorama das mudanças comportamentais do brasileiro na última década quando o assunto é matrimônio, maternidade e divórcio. A transformação nos arranjos conjugais é impulsionada por uma série de fatores. A nova legislação adotada em 2010, que simplifica os trâmites burocráticos para o divórcio e facilita os recasamentos, levaram a um índice de 2,5 para cada mil habitantes, o segundo maior desde 2002. A formalização das uniões consensuais, incentivada por mudanças no código civil em 2002, e as ofertas de casamentos coletivos elevaram as taxas de nupcialidade, de 5,9 por mil habitantes em 2002 para 6,9 em 2012. E a alteração na composição etária da população, com um progessivo envelhecimento, aliada ao aumento dos recasamentos, explica a elevação da idade mediana dos cônjuges no momento da oficialização da união. Os dados mostram ainda a mudança no comportamento reprodutivo das mulheres brasileiras, com o declínio das taxas de fecundidade (de 6 filhos em 1960 para 1,9 em 2010) e a postergação da maternidade, especialmente entre as mulheres com maior escolaridade. Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal são os locais que tiveram os maiores percentuais de filhos com mães em idade entre 35 e 39 anos, com 11,3%, 11% e 11,9%, respectivamente. O Rio Grande do Sul fica em primeiro lugar na faixa acima dos 40 anos. Em relação aos divórcios, as estatísticas mostram que os pedidos consensuais representam 65% do total. Quando isso não ocorre, a maioria (56%) dos pedidos de separação é feita pelas mulheres. A pesquisa também traz informações sobre os óbitos registrados em 2012, especialmente com relação à mortalidade infantil, e mostra que os homens jovens são o grupo mais vulnerável nos casos de morte por causas externas.
FONTE: ZH