Por achar interessante, compartilho com vocês, amigos leitores do Blog Mais Novidad's, uma entrevista que visualizei na manhã de hoje, rondando pela net. Realizada pelo Diário de Santa Maria com o Presidente do Movimento Tradionalista Gaúcho (MTG).
Diário– Antigamente, as decisões internas do MTG dificilmente vinham a público. Na sua gestão, porém, alguns resultados de congressos têm sido temas de debate para pessoas fora do movimento, como a retirada do critério “beleza” dos concursos Ciranda de Prendas. Como o senhor avalia essa novidade?
Erival Bertolini – No passado, as pessoas não usavam internet, Facebook, porque não existia isso. Hoje, pessoas que desconhecem o movimento usam essas coisas para criticar o que não conhecem. A Ciranda de Prendas é um concurso cultural, que cobra bibliografia de duas dezenas de livros. As prendinhas viram as noites lendo e dois ou três anos fazendo projetos culturais para participar das regionais e estaduais. No fim do concurso, a diferença de uma para outra era de décimos. Como eu vou dizer para uma prendinha que ela perdeu porque é “mais feia”? Como se mede a beleza? O que temos de ver é a cultura dessa prenda. E outra, não tem prenda feia. (risos)
Diário– Antigamente, as decisões internas do MTG dificilmente vinham a público. Na sua gestão, porém, alguns resultados de congressos têm sido temas de debate para pessoas fora do movimento, como a retirada do critério “beleza” dos concursos Ciranda de Prendas. Como o senhor avalia essa novidade?
Erival Bertolini – No passado, as pessoas não usavam internet, Facebook, porque não existia isso. Hoje, pessoas que desconhecem o movimento usam essas coisas para criticar o que não conhecem. A Ciranda de Prendas é um concurso cultural, que cobra bibliografia de duas dezenas de livros. As prendinhas viram as noites lendo e dois ou três anos fazendo projetos culturais para participar das regionais e estaduais. No fim do concurso, a diferença de uma para outra era de décimos. Como eu vou dizer para uma prendinha que ela perdeu porque é “mais feia”? Como se mede a beleza? O que temos de ver é a cultura dessa prenda. E outra, não tem prenda feia. (risos)
Diário – Mas a internet também pode ser um instrumento de divulgação e disseminação da cultura?
Bertolini – Claro. Transmitimos nossos eventos pela internet, na TV Tradição (www.tvtradicao.com.br/site). Nossos eventos, nossas decisões importante, são transmitidas ao vivo. O MTG não é uma ditadura.
Bertolini – Claro. Transmitimos nossos eventos pela internet, na TV Tradição (www.tvtradicao.com.br/site). Nossos eventos, nossas decisões importante, são transmitidas ao vivo. O MTG não é uma ditadura.
Diário – Quem diz que o MTG é ditadura?
Bertolini – A sociedade está perdendo valores e nós, do movimento, os preservamos. O CTG é considerado “uma ditadura” porque não permite que o guri entre no CTG de tênis! Não temos nada contra eles, nem contra as prendas que querem usar bombacha. Mas elas devem usá-las em rodeios e para desfilar a cavalo. Há uma indumentária para cada atividade e deve ser respeitada.
Bertolini – A sociedade está perdendo valores e nós, do movimento, os preservamos. O CTG é considerado “uma ditadura” porque não permite que o guri entre no CTG de tênis! Não temos nada contra eles, nem contra as prendas que querem usar bombacha. Mas elas devem usá-las em rodeios e para desfilar a cavalo. Há uma indumentária para cada atividade e deve ser respeitada.
Diário
– O senhor preside também o conselho da Confederação Brasileira da
Tradição Gaúcha (CBTG), pouco conhecido fora do movimento
tradicionalista. Explique qual é a finalidade do órgão.
Bertolini –
O conselho é formado por nove presidentes de MTGs do Brasil. A cada
dois anos, fazemos eventos nacionais, entre eles, o Rodeio Crioulo
Nacional, disputado por campeões de cada Estado. O Rio Grande do Sul
disputa a parte campeira e esportiva, mas não vamos para Ciranda de
Prendas nem para competições artísticas.
Diário – Por quê?
Bertolini – A competição ficaria meio desigual. Nossa Ciranda de Prendas tem um nível altíssimo, e não seria justo para as prendinhas do Amazonas, por exemplo, competirem com as nossas. Digo a mesma coisa das invernadas artísticas campeãs de festivais como o ENART.
Bertolini – A competição ficaria meio desigual. Nossa Ciranda de Prendas tem um nível altíssimo, e não seria justo para as prendinhas do Amazonas, por exemplo, competirem com as nossas. Digo a mesma coisa das invernadas artísticas campeãs de festivais como o ENART.
Diário – As
apresentações de dança estão cada vez mais elaboradas. Isso não se
afasta da proposta de simplicidade do movimento tradicionalista?
Bertolini – Esses shows não acontecem em apresentações, mas em competições. Aí, é aquela coisa: os grupos querem vencer. Isso estimula a criatividade dos instrutores. Mas as danças tradicionais seguem a versão original. É a mesma Cana Verde, o mesmo Pezinho...
Bertolini – Esses shows não acontecem em apresentações, mas em competições. Aí, é aquela coisa: os grupos querem vencer. Isso estimula a criatividade dos instrutores. Mas as danças tradicionais seguem a versão original. É a mesma Cana Verde, o mesmo Pezinho...
Diário – Os desfiles da Semana Farroupilha também estão mais elaborados...
Bertolini – É verdade. Mas pensa no desfile de 10 anos atrás e analisa os desfiles de hoje. Hoje é muito melhor. Quando eu coordenava a 13ª RT, arrumamos um patrocínio e fizemos uma espécie de competição entre as entidades. O valor da premiação era pequeno, mas ninguém queria ficar para trás. Foi um carro mais bonito que o outro. Hoje não tem mais prêmio em dinheiro, mas tem troféus, e as entidades seguem empenhadas.
Bertolini – É verdade. Mas pensa no desfile de 10 anos atrás e analisa os desfiles de hoje. Hoje é muito melhor. Quando eu coordenava a 13ª RT, arrumamos um patrocínio e fizemos uma espécie de competição entre as entidades. O valor da premiação era pequeno, mas ninguém queria ficar para trás. Foi um carro mais bonito que o outro. Hoje não tem mais prêmio em dinheiro, mas tem troféus, e as entidades seguem empenhadas.
Diário – Isso não fomenta a rivalidade entre as entidades?
Bertolini – Rivalidade, se existir, não é por culpa do desfile. É uma rivalidade quase insignificante.
Bertolini – Rivalidade, se existir, não é por culpa do desfile. É uma rivalidade quase insignificante.