16 de setembro de 2016

PROVAS PARA AGENTES PENITENCIÁRIOS DO RS DEVEM OCORRER EM JANEIRO, PROJETA SUSEPE

Foto: Susepe / Divulgação / CP
As provas para preenchimento de 720 vagas de agentes penitenciários e administrativos na Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) devem ocorrer em janeiro de 2017. A expectativa é da superintendente da Susepe, Marli Ane Stock, que confirmou a realização de concurso público durante evento promovido pela Amapergs Sindicato e Federação Sindical dos Servidores Públicos do RS nesta sexta-feira, 16 de setembro. A superintendente da Susepe informou ainda que o curso de formação deve durar seis meses e que o destino dos novos servidores será prioritariamente o complexo penitenciário de Canoas, que precisará de pessoal para entrar em plena operação. Com mais de duas décadas de carreira no sistema penitenciária, Marli Ane é responsável por comandar uma instituição com 4,7 mil servidores, dos quais 2,8 mil são homens e 1,9 mil são mulheres. Já a massa carcerária possui 34,6 mil detentos, dos quais 32,7 mil são homens e pouco mais de 1,9 mil são mulheres, distribuídos em 103 casas prisionais. Ela constata que o fato de predominar os apenados do sexo masculino ainda faz com que ocorra “resistência de mulheres no poder”. A superintendência da Susepe observou que, por ser a primeira gestora da instituição, ainda enfrenta “certa dificuldade” pois parece que “uma mulher não tem capacidade suficiente para desempenhar esse papel e brigar pela melhoria do sistema penitenciário”. Mesmo assim, avaliação dela é que a situação melhorou em relação ao passado, sobretudo junto aos gestores. Em uma análise mais ampla, Marli Ane lembrou que “as mulheres enfrentam muitas dificuldades no mercado de trabalho”. No caso das brasileiras, destacou, elas recebem 73,7% dos salários pagos recebidos pelos homens em uma mesma função. No mundo, ressaltou, o Brasil está em 124º lugar no ranking de igual de salários, sendo o penúltimo nas Américas, na frente apenas do Chile. “No serviço público, com ingresso através de concurso, com provas conhecimento temos a tão sonhada igualdade de condições, porém quando se trata de assumir funções gratificadas sofremos ainda discriminações”, concluiu.
FONTE: CORREIO DO POVO